Introdução
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são alternativas de investimento em renda fixa que vêm ganhando popularidade no Brasil. Ambos oferecem boas oportunidades para investidores que buscam rentabilidade atrativa e isenção de imposto de renda.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que são CRIs e CRAs, como funcionam, suas vantagens e riscos, além de analisar se vale a pena investir neles em 2025.

O Que São CRI e CRA?
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)
O CRI é um título de crédito lastreado em recebíveis do setor imobiliário. Ele representa uma forma de financiamento para empresas do ramo imobiliário, permitindo a antecipação de recursos que seriam recebidos no futuro. Esses títulos são emitidos por securitizadoras e vendidos a investidores no mercado financeiro.
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)
O CRA segue o mesmo conceito do CRI, mas com lastro em recebíveis do setor do agronegócio. Agricultores, cooperativas e empresas do setor emitem esses títulos para captar recursos e financiar suas operações.

Como Funcionam CRI e CRA?
Os CRIs e CRAs funcionam como títulos de dívida. Empresas do setor imobiliário ou do agronegócio vendem seus recebíveis a uma securitizadora, que emite os certificados e os coloca à venda no mercado. O investidor que compra esses papéis passa a ter direito ao recebimento dos pagamentos futuros desses recebíveis.
Características principais:
- Rentabilidade: Pode ser prefixada, pós-fixada (atrelada ao CDI) ou indexada à inflação (IPCA + taxa fixa).
- Prazo: Variável, podendo chegar a 10 ou 15 anos.
- Liquidez: Baixa, pois o resgate só ocorre no vencimento.
- Risco: Depende da qualidade dos recebíveis e da solidez do emissor.
Vantagens e Desvantagens dos CRIs e CRAs
Vantagens
- Isenção de Imposto de Renda para pessoa física.
- Rentabilidade superior à poupança e CDBs tradicionais.
- Diversificação da carteira de investimentos.
Desvantagens
- Risco de crédito, pois não há garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
- Baixa liquidez, dificultando a venda antes do vencimento.
- Sensibilidade ao cenário econômico, especialmente à taxa Selic.

Comparação: CRI vs CRA vs Outros Investimentos
Característica | CRI | CRA | CDB | Tesouro Direto |
---|---|---|---|---|
Rendimento | Alto | Alto | Médio | Médio |
Imposto de Renda | Isento | Isento | Sim | Sim |
Liquidez | Baixa | Baixa | Média | Alta |
Garantia FGC | Não | Não | Sim | Sim |
Sensibilidade à Selic | Alta | Alta | Média | Média |
Vale a Pena Investir em CRI e CRA em 2025?
O cenário econômico de 2025 será fundamental para avaliar a atratividade dos CRIs e CRAs. Se a taxa Selic continuar em queda, esses investimentos podem se tornar ainda mais vantajosos, já que costumam oferecer retornos superiores a produtos de renda fixa tradicionais.
Além disso, a busca por diversificação na carteira de investimentos tem levado muitos investidores a considerarem esses ativos como uma boa alternativa para equilibrar risco e retorno.
Conclusão
CRI e CRA são boas opções para quem busca rentabilidade diferenciada e isenção fiscal, mas exigem atenção ao risco de crédito e à baixa liquidez. Para 2025, esses ativos podem ser interessantes, especialmente para quem deseja diversificar a carteira e se proteger contra a inflação.
Antes de investir, analise bem os emissores, os prazos e os riscos envolvidos para garantir uma decisão financeira segura.